O Irã declarou que lançou dezenas de mísseis em direção a Israel na terça-feira (1º de outubro de 2024), marcando uma escalada significativa no conflito de meses entre Israel e os grupos apoiados pelo Irã, Hezbollah e Hamas.
Não houve relatos imediatos de vítimas, mas Israel ordenou que seus cidadãos se dirigissem para abrigos antiaéreos, enquanto sirenes de alerta de ataques aéreos soaram por todo o país. Explosões intensas foram ouvidas em Tel Aviv e perto de Jerusalém, sem confirmação imediata se os sons eram de mísseis atingindo o solo ou sendo interceptados pelo sistema de defesa israelense.
Tanto Israel quanto os Estados Unidos alertaram que haveria consequências graves em caso de ataque direto do Irã contra Israel. O presidente Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris acompanharam o ataque da Sala de Situação da Casa Branca.
O porta-voz do Exército de Israel, Contra-Almirante Daniel Hagari, afirmou que o sistema de defesa aérea do país estava em plena operação, interceptando ameaças, mas ressaltou: “A defesa não é hermética”.
Alertas de abrigo foram enviados aos celulares dos israelenses e anunciados na televisão nacional. O Irã reivindicou a responsabilidade pelo lançamento dos mísseis em um comunicado transmitido pela televisão estatal, mencionando a morte de líderes do Hezbollah e Hamas em ataques israelenses recentes. O comunicado avisou que esse ataque era apenas a “primeira onda”, sem mais detalhes.
Os alertas em Israel vieram um dia após o país iniciar operações terrestres limitadas contra o Hezbollah no sul do Líbano, onde ataques aéreos e artilharia israelenses atingiram vilas, enquanto militantes do Hezbollah responderam com foguetes contra Israel. O aumento dos confrontos tem gerado preocupações de uma guerra regional mais ampla.
Um alto funcionário da Casa Branca, sob condição de anonimato, alertou que haveria “consequências severas” se o Irã continuasse com os ataques, e afirmou que navios e aeronaves dos EUA estavam posicionados para ajudar Israel em caso de um ataque maior.